segunda-feira, novembro 29

Pequenas Crônicas de Pequenas Pessoas de Pequenas Cidades . 23


Ele era o tipo do cara que não tinha jeito com as mulheres, mas para defender-se perante os amigos contava muitas vantagens.
Chegou no bar e sentou-se com os amigos. Logo chamaram-lhe a atenção para uma gata que não tirava os olhos dele. “Vai lá garanhão”, “Ta na tua” diziam. Para não fazer feio tomou coragem, pediu um uísque e foi. Apresentou-se e pediu para sentar ao lado dela. Não sabia o que falar, mas por sorte ela era daquelas que gostavam de falar.
Logo estavam em vários papos. Ele orgulhoso olhava furtivamente em direção aos amigos e via que eles o observavam e cochichavam em meio a risos. Estava garantida a imagem de galã que ele tentava criar!
Mais algumas doses e foi surpreendido por um lascivo e molhado beijo. Entregou-se! Estava “podendo”. Não só conseguira uma estupenda gata como provava para os “gurizes” que era o cara.
Muitos beijos e amassos após, ela levantou-se dizendo ir ao banheiro. Enquanto ela afastava-se ele virou o rosto em direção a mesa dos amigos com cara de gostosão. Os amigos, não mais riam. Eles literalmente se rasgavam em gargalhadas.
Ele confuso olhou pra o lado e viu sua “gata” entrar no banheiro que ostentava a palavra: HOMENS.
Pagou rapidamente a conta e foi embora.

Qualquer semelhança com qualquer coisa ou pessoa é meramente qualquer coisa

Um comentário:

Bárbara disse...

Hahahahahahahahahahha!!!
Maravilhoso meu escrivinhador preferido!
Amei,
Nesse mundinho cruel de ostentação, o essencial é invisível aos olhos, mas pra quem necessita mostrar e provar, taí a prova.
Melhor ser bem quisto pelo que se é, e não por QUEM se é. Reizinhos da festa em nada mudam nossa rotina, a não ser para nos agraciar com uns risos a mais.
Amei.
Te amo! SAUDADES!