terça-feira, março 2

Abandono


Olha que casa abandonada
As vidraças todas quebradas
O que era jardim hoje é mato
Não tem nem um cão a guardar.

As janelas todas escancaradas
Na varanda, a cadeira quebrada
Está só, isso se vê, é um fato;
Ali ninguém deve então habitar.

Pequenos roedores habitam o sótão
Fugindo dos vagabundos gatos
E as poeiras longevas estão
Sobre a mesa em vazios pratos.

Quando chove surgem às goteiras
Seu teto em vão nada pode abrigar
Sofrem as eiras e sofrem as beiras
Quem imagina que ali inda possa eu morar.

3 comentários:

Bárbara disse...

Eita... tá te superando com esses poemas de solidão... ai, coisa mais lnda isso!!! beijos mil!

Humberto Orcy da Silva disse...

muito triste , meu camarada.

Bárbara disse...

E pelo jeito abandonou esse blog tbm né?
isso sim é triste!!!