terça-feira, abril 14

Sonhos


As vezes mergulho
Deslizo por estrelas
Desvio de buracos negros
Temendo ser consumido.

Apalpo intangíveis nuvens
Roço meus pés em supernovas
E deixo meu corpo boiar
Em desconhecidas vias lácteas.

Emergindo solto minhas asas
Vôo na imensidão das águas
Beijo sem medo enguias
E toco com cuidado algumas pérolas.

Em apnéia com arraias
Converso com um Poseidon cansado
Que de sua emaranhada barba
Fogem gaivotas inquietas.

É de manhã
O dia me chama
Volto a ser apenas eu!

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