domingo, maio 6

SAUDADES DA VELHA


Lá fora tá o maior furdunço. É foguetes, buzinas e mais buzinas. Parabens aos tricolores.
Eu como não tenho o menor saco para futebol, nem ao menos tenho um time, estou trancado no escritório passeando pelos blogs e ao ler "Veranico trânsgenico de maio" no blog do Jean Scharlau comecei a matutar um pouquinho sobre minha cidade.
Gravataí não está no mesmo pé como POA, aqui o poder publico não é um desastre como o do Fumaça- claro que podia estar melhor mas...- e me bateu uma saudade de minha velha e pacata cidade.
Não havia este monte de bares e festas que tem hoje, qualquer coisinha que fossemos comprar tinhamos de ir a capital- que ficava logo ali mas parecia ser tão longe aquela época -, não tinha quase nada do que tem hoje mas para compensar também não tinhamos de nos trancar em casa como hoje, não tinha meninos de rua, não tinha flanelinhas, tinha uns dois ou três mendigos- que a gente sabia até o nome -, andarilho: Tinha o Zé loco e a Maria loca, até os guaipecas da rua o cara conhecia, havia local para estacionar e o que é melhor: havia muito menos carros, não ficavamos nos cuidando na rua, todo mundo era conhecido, se não fosse era só questão de minutos e descobriamos que o nosso tio era casado com a tia dele ou coisa assim, não havia poluição sonora, nem visual, O máximo que se percebia de poluição era o Francisco padeiro da Padaria São Francisco, queimando as folhas secas que caiam das árvores no seu quintal- aliás, quem sabe o que é quintal hoje em dia -, havia a boca de fumo mas só os usuários é que sabiam, o trafí devia ser um cara integrado na sua vila, era digamos "um homem de bem", orelhões havia poucos mas os poucos que haviam não eram depredados, brigas ainda era no velho e bom soco.
Eu não tinha um monte de coisas na minha velha Gravataí que posso ter hoje na minha nova Gravataí, mas que ela era mais agradável, mas simpática, mais humana e mais segura isso não há dúvida, e olha que esta velha Gravataí que falo é de uns poucos 15 ou 20 anos atrás.

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