sábado, maio 12

A CONCORDATA DE BENTO XVI


Conforme saiu na folha de São Paulo, o Papa Bento "Yoda" XVI propôs ao governo brasileiro uma concordata- um tipo de acordo diplomático* - de interesses comuns entre o Vaticano e o Brasil até o fim de seu pontificado.
Neste acordo de "interesses comuns" o governo reconheceria que não existe vínculo empregatício entre o padre e a igreja, o ensino religioso- leia-se: católico apostólico romano e claro que desvinculado da Teologia da Libertação - passaria a ser obrigatório na rede de ensino público e permissão para atuação em áreas indígenas.
Além disso haveria mais alguns "regalitos", tipo: "vantagens na concessão de passaporte para os missionários no país", "

* "A prática das “concordatas” é antiga e é utilizada com relativa freqüência. Vários países, como Portugal e a Espanha, já assinaram “acordos” deste tipo. A “Concordata de Latrão”, firmada com o ditador fascista Benito Mussolini em 1929, é a mais famosa e garantiu o status de Estado ao Vaticano. A concordata é uma convenção que fixa os compromissos entre o Estado e a Igreja Católica sobre assuntos religiosos. Ele serve ainda para preservar antigos “privilégios”, com as isenções concedidas às paróquias, seminários e a outras instituições católicas. Devido à delicadeza do tema, que inclusive despreza a existência de outras filiações religiosas, geralmente é negociada nos bastidores, sem transparência e à revelia da sociedade. Os seus eixos centrais, entretanto, são amplificados nos grandes eventos, entrevistas e sermões."
Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro “As encruzilhadas do sindicalismo”

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